Estradas federais e estaduais
É curioso, mas há uma enorme diferença entre as estradas federais e as estradas estaduais paulistas. Nas que os governos mantêm e nas privatizadas. E nas duas situações as estradas paulistas são muito melhores do que as estradas federais.
Não tem termo de comparação. As estradas federais diretamente administradas pelo Governo Federal são um desastre. Com raríssimas e honrosas exceções, servem para pista de testes para a indústria automobilística nacional e internacional, especialmente quando as vítimas são veículos para quaisquer terrenos, em operações de guerra sob extrema pressão do inimigo.
A qualidade da pista é tão ruim que chega a suprir a necessidade de exercícios de tiro real, o que não diminui o risco de vida do piloto do veículo em teste. É mais fácil morrer num acidente causado por uma cratera ou pela falta de acostamento do que levando um tiro.
As estradas federais privatizadas ou, como diz o Governo, emprestadas sob remuneração, são incomensuravelmente melhores do que as estadas sob administração do Governo. Por elas é possível transitar com conforto, ainda que não numa viagem de primeira classe.
Onde a comparação fica complicada é quando se sai de uma estrada federal para uma estrada estadual no Estado de São Paulo. Se ela for privatizada, então, o desenho fica mais injusto.
As estradas paulistas têm pedágio caro, mas só raramente não entregam o que prometem. A maioria é comparável às melhores estradas dos países ricos.
O que isso quer dizer? Que não adianta inventar moda, as coisas funcionam como devem funcionar. Com dinheiro em caixa dá pra fazer bem feito; com menos grana, o trabalho não pode ser igual.
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