Este ano promete
Nem bem começou a esquentar e as tempestades de verão dão as caras, como quem quer mostrar que quem manda são elas e que qualquer esforço é inútil, até porque os bueiros estão realmente entupidos, as raízes de muitas árvores estão podres e o vento e a chuva chegaram para matar.
Quer dizer, a soma da incompetência da Pprefeitura com a violência da natureza tem tudo para cobrar um preço muito caro dos paulistanos, que não poderão fazer muita coisa senão chorar, até porque contra a natureza só resolve reza brava e santo forte.
Menos que reza para São Marcos fechar o corpo e São Jorge matar o dragão não dá nem para o começo. E é bom acrescentar a elas a reza de Santa Clara, com seu poder de clarear os caminhos e mostrar as veredas por onde se pode correr da chuva, do vento e da destruição que vem junto.
Pode mais quem pode mais. Pode mais a natureza enfurecida, ou com vontade fazer graça, para mostrar a fraqueza do Governo.
Estamos no começo do começo, mas a destruição que eu vi no dia 21 de outubro passado dá uma leve ideia do que está por vir.
A Praça do Pôr do Sol estava devastada, com árvores enormes arrancadas pela raiz, como se fossem lírios ou flores do campo, meros talos sem maior importância, perdidos no verde dos campos.
Antes de chegar na Praça, ainda em casa, já tinha ficado impressionado com a força da tempestade que quebrou sem esforço o galho mais grosso de um ipê de no máximo 15 anos plantado no meu jardim.
Na Vila Madalena e na Avenida Sumaré, quase todos os semáforos estavam quebrados. Esta é a notícia boa. Não tinha marronzinhos e o trânsito fluía melhor do que nos dias normais. Quer dizer, entre secos e molhados, a CET não serve para nada, exatamente como a atual administração municipal, que, graças a Deus, está fechando as malas para ir embora.
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