Está tudo errado
A nomeação do novo técnico da seleção brasileira de futebol mostra o óbvio: está tudo errado e, pelo jeito, ninguém que assumir qualquer culpa, como se o erro fosse obra do Espírito Santo em noite de sexta feira 13.
Com o novo técnico temos enorme chance de não ir a lugar nenhum. Capaz de não passar nem das eliminatórias, tomando logo de cara uma goleada do Equador.
O problema é que está tudo assim. Não é só o futebol que vai caindo pelas tabelas, como estamos vendo no triste Campeonato Brasileiro.
O buraco é maior e mais embaixo. Ruim mesmo é saber que mais de 350 mil brasileiros que são eleitores moram fora do país.
Quando um país tem mais de 300 mil pessoas morando fora é porque alguma coisa está profundamente errada. 350 mil eleitores é mais do que todos os imigrantes italianos que vieram para cá entre o final do século 19 e começo do século 20. É muito mais do que o total de japoneses que chegaram ao país depois de 1908. É número para ninguém colocar defeito.
Com um agravante: nós estamos trocando pessoal formado com curso superior por gente sem qualquer qualificação.
Como? É simples. O Brasil está orgulhoso de receber refugiados de várias partes do mundo, exceto Cuba. Estes nós devolvemos. São pessoas em busca de um futuro melhor, normalmente sem qualificação profissional mais sofisticada. Na contramão, boa parte dos que estão deixando o Brasil são pessoas com formação superior ou com pós-graduação.
Para eles é mais fácil tocar em frente no exterior. As chances de trabalho e reconhecimento são melhores. Os salários são maiores, os custos menores, as escolas e hospitais funcionam, a polícia funciona e a qualidade de vida não se compara. É pena e muito triste, mas é assim.
Voltar à listagem