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Crônicas & Artigos

em 24/06/14

Descartável

por Antonio Penteado Mendonça

Durante milênios o que o homem fez foi feito para durar. Que o digam as pirâmides, os templos gregos, o Coliseu, as catedrais europeias, os castelos, a Muralha da China, as múmias, os túmulos, as lendas, a Ilíada e a Odisseia, a Eneida, a arte chinesa e a japonesa, as estátuas do Camboja e da Tailândia, os monumentos indianos, as estradas incas, os templos astecas, as cidade maias…

Que o digam a matemática egípcia, as construções filosóficas gregas, o monoteísmo, a Bíblia, o direito romano, Stonehenge e os sambaquis.

Que entre em cena a renascença, as obras de arte. A literatura de Dante, Cervantes, Camões e Shakespeare. A escultura de Michelangelo, a pintura de Raphael, o gênio de Da Vinci. E os mestres do norte, Durer, Granach, Rembrant.

Nossa história é rica, fascinante e fabulosa. Em alguns momentos, magnífica, em outros, nem tanto, num terceiro, deplorável.

Ah! o contraste do gênio criador com a estupidez da inquisição, das lutas religiosas, da superioridade do homem branco…

Na longa série dos séculos, o ser humano foi marcando o planeta, deixando seu legado, criando, modificando, espalhando, replantando, ocupando espaços, andando, cavalgando, navegando, voando para além dos limites do sistema solar.

Mas quando a viagem atinge o seu apogeu, com a possibilidade do saber democraticamente distribuída pela Internet, o que se vê é a mediocrização da vida. O descartável como matéria prima essencial, como locomotiva. Hoje não se conserta, não se preserva, não se guarda. É tudo descartável. A arte, os carros, a moda, as pessoas e os sentimentos. E a memória é uma coisa vaga, que a política altera quando precisa.

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