Declaração infeliz
O Presidente da Câmara dos Deputados fez uma das mais infelizes declarações dos últimos tempos. Isso é para profissionais. Num país que teve na Presidência a Dona Rousseff, a presidenta que foi estudanta, mas não aprendeu nada, é tarefa hercúlea. Mas ele conseguiu.
Segundo o Presidente da Câmara dos Deputados, as pressões da sociedade são legítimas, mas os deputados votam como querem, de acordo com sua consciência.
Pelo que parece, ele se esqueceu dos princípios basilares da democracia: todo poder emana do povo e é exercido pelo povo, para o povo.
No Brasil, nos últimos anos, essa rega foi deixada de lado e o resultado é que o Presidente da Câmara dos Deputados fala bobagem, sem perceber o tamanho da impropriedade.
O deputado é apenas e tão somente a pessoa do povo que o povo escolhe para representá-lo no Congresso. O deputado não é dono da verdade. O deputado está lá para fazer o que o povo quer que seja feito, de acordo com a sua vontade e não com a vontade de S. Excelência, por mais que a Excelência se ache importante.
É verdade que, no Brasil, política se transformou na forma mais fácil de ficar rico. É muito mais eficiente do que ganhar na loteria ou dar o golpe do baú. A ordem de grandeza e a velocidade são incomparáveis.
Não sei o que levou o Presidente da Câmara dos Deputados a falar o que ele falou, mas quando vemos os deputados querendo se auto anistiar, tirando do rol dos crimes o “caixa dois” e a grana não contabilizada, tungada do bolso do brasileiro, dá para imaginar. Da mesma forma que o edificante exemplo do Gedel do ap. em Salvador.
Eles não perceberam que a onça saiu para beber água. Nessa hora, quem tem juízo, fica na toca. E o nome da onça é povo com fome de político.
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