Dá pra piorar
Quando Luiza Erundina saiu da Prefeitura, eu respirei aliviado. O martírio havia passado, São Paulo estava livre da pior prefeita da história recente. Não dava para ficar pior. Dava.
Veio Celso Pitta e eu descobri que tinha como ser pior do que Luiza Erundina. São Paulo foi massacrada, maltratada, torturada, dilapidada, até que chegou o dia em que ele foi embora.
Eu respirei aliviado. Celso Pitta se foi. O preço foi caro, mas São Paulo estava livre do prefeito que conseguiu ser pior do que Luiza Erundina.
Dali para frente, seria mar de brigadeiro, lambari poderia sair para nadar, os cães não caçariam os gatos, a felicidade era uma coisa palpável. Afinal, não tinha como ser pior do que Celso Pitta.
Ledo engano. São Paulo elegeu Fernando Haddad, o poste do Lula. E ele mostrou rapidamente que dava para ser muito pior do que Celso Pitta e Luiza Erundina juntos.
Em pouco tempo, o herói do ENEM conseguiu estraçalhar São Paulo. Onde sua administração mexeu, deu pau. Exatamente igual ao que ele fez no ENEM, exame que ele insistiu em fazer mais de uma vez e em todas a coisa não funcionou.
Quem não consegue fazer um ENEM não consegue administrar São Paulo. O resultado está aí, na cidade cheirando a urina e fezes, pichada, suja, malcuidada, abandonada e esburacada.
O estrago é monumental. Onde se olha, onde se levanta o tapete, sai um cadáver, um pesadelo, um prejuízo.
Até as enchentes do Butantã, que não aconteciam há mais de 15 anos, resolveram voltar e a água entra farta nas casas porque os bueiros estão entupidos. Graças a Deus, 90% dos paulistanos colocaram um fim na tragédia. Mas é preciso ficar atento. Hoje eu sei que sempre dá para piorar.
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