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Crônicas & Artigos

em 09/02/18

Consertar o carro

Ela olhou e viu sua amiga aparecer na esquina, caminhando apressada em sua direção, não porque viesse conversar, mas porque seguia naquele sentido.

Quando estavam para se cruzar, ela viu que amiga não a tinha visto e seguia em frente com ar preocupado, provavelmente pensando em alguma coisa muito séria, perdida em suas ideias, distante do mundo, completamente focada no que tinha que fazer.

Nem por isso se fez de rogada. Quando a amiga passou por ela, pegou-a pelo braço e chamou seu nome. A amiga parou, assustada, sem entender direito o que tinha acontecido, mas pronta para gritar ou reagir de alguma outra forma, se sentisse alguma ameaça na mão que segurava seu braço.

Mas ela parou e olhou sua amiga que, com um sorriso, segurava seu braço, disposta a um pouco de prosa. Se cumprimentaram, trocaram os beijos protocolares e engataram no papo, iniciando com o célebre “como vai você? Há quanto tempo não nos vemos”, etc.

Conversaram banalidades uns cinco minutos e quase ao mesmo tempo cada uma decidiu que já era hora de tocar em frente, cuidar da vida que o dia era longo.

Ao se despedir, ela perguntou para a amiga aonde ia já que tinha vindo acelerada, distante do mundo, pensando alguma coisa muito séria, tanto que quase passou por ela sem a cumprimentar e que isso só aconteceu porque ela segurou seu braço quando se cruzaram.

A amiga respondeu com a maior calma do mundo: Estou levando o carro para consertar. Soltou alguma coisa na frente, está fazendo barulho. Então estou indo num mecânico aqui perto para ele dar uma olhada.

Ela olhou a amiga e respondeu: Tudo bem, mas você não se esqueceu de alguma coisa? Cadê o carro? Você está a pé!

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