Coisas da vida
O fracasso ou o sucesso nem sempre dependem de nós. Mesmo os planos mais bem elaborados podem fazer água, dar errado por conta de eventos fora do nosso controle, que têm a capacidade de mudar algum pequeno detalhe e inverter a ordem natural das coisas.
É só ver o São Paulo Futebol Clube. É triste, mas não caímos mais. A segundona é um sonho distante, impossível de ser alcançado neste ano.
Ainda que o clube se esforce ao máximo, perca de propósito, faça o impensável, esforços hercúleos, macumba, reza brava, contrate cigana do Nepal, pai de santo da Malásia, nem assim a segundona fará parte da nossa história neste extraordinário ano de 2016.
E não se diga que o São Paulo não se preparou. A lição de casa foi feita direitinho. Cada passo foi milimetricamente desenhado, cada curva analisada, cada tranqueira vista em seus menores detalhes.
O planejamento estratégico foi elaborado, visto e revisto pelos maiores especialistas. Só faltou contratar alguém do Vasco da Gama, mas isso foi considerado demais. As chances estavam corretamente dimensionadas, não havia necessidade de uma heresia deste porte.
O São Paulo entrou em campo psicologicamente preparado. Todos os jogadores estavam bem trabalhados, com a cabeça feita e a moral alta.
Era só perder e empatar um número X de vezes para chegar lá. Quando tudo parecia caminhar para o final feliz e a segundona estava a poucos passos, o imponderável, o imprevisível desce com força na cabeça do time. E a paulada foi sentida.
Outros times conseguem ser piores do que o São Paulo. Pior ainda, conseguem perder para o São Paulo. Desse jeito, não tem jeito. O time pode ser acusado de tudo, menos de não estar tentando e fazendo bem feito. Não dá? Fazer o quê? Seguir em frente. Afinal, com fé, pode ser que ainda dê.
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