Assunto triste
Quando eu era menino, tinha uma música chamada “Filme Triste”. Agora que não sou mais tão menino, tem uma cidade chamada “cidade triste”, que é mais triste que o filme triste que fez a moça da música chorar.
Não temos mais brotos, mas as minas sofrem no trânsito, dentro dos ônibus, na falta de metrô, nos trens que vivem pifando. Isso para ficar no mais visível e não chamar a atenção pra tudo o que não funciona, afinal, é tanta coisa que não haveria espaço na crônica.
Mas se a cidade está triste – e está -, dentro dessa tristeza pouca coisa é mais triste do que voltar ao tema da tristíssima CET, a pior aposta da administração que não gosta da cidade.
A CET se supera todos os dias. Não há amanhecer em que a cidade não esteja um pouco pior do que estava ontem. É mais placas umas sobre as outras, mais faixas mal pintadas, mais radares, mais bagunça, mais incompetência de seus agentes, mais desrespeito com os cidadãos.
É patético informar a CET onde ela coloca as placas repetidas, mas, como me comprometi a fazer, vale lembrar a Rua Sumidouro, onde as placas dão show, uma ao lado da outra e atrás da outra, ou a ponte Euzébio Mattoso, onde estão lado a lado, dando o vão da ponte.
Mas não é só nestes lugares que o absurdo é absurdo. Nem são só placas de altura ou velocidade que chamam a atenção. Placas apontando as mesmas direções e rotas uma ao lado da outra, sem a menor necessidade, se sucedem por toda a cidade.
Pra não falar nas obras que estão sendo feitas no Viaduto Antártica e na Avenida Pacaembu. E na falta das placas informando sobre as licitações das obras. Pra completar, é cada vez mais normal as viaturas da CET estacionarem nas vagas para deficientes e pessoas da terceira idade, quando não nas calçadas e lugares proibidos. É triste, mas é assim.
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