As sibipirunas
Quase ninguém fala nelas. Mas estão aí, plantadas em mais lugares do que se pensa quando o tema são as árvores plantadas na cidade de São Paulo.
Dizem que São Paulo é pobre de árvores. Que perde para poucos lugares do mundo, entre eles, Paris, a maravilhosa capital francesa que, de verdade, não é das cidades mais arborizadas.
São Paulo é e não é. Depende da região, do pedaço, do bairro. Às vezes depende até da rua, mas não é tão difícil encontrar o lado arborizado e o lado sem árvores.
O lado nu da cidade é a Zona Leste. Lá se estende uma enorme área cinza, de um cinza triste porque não tem quase verde nenhum quebrando a tristeza do cinza habitado por milhões de pessoas que têm flores no máximo na sala ou em cima da geladeira.
A Zona Sul é bem diferente. Na Zona Sul há enormes parques, ruas arborizadas, casas com quintais e jardins cheios de plantas. Há flores nas salas, cor no dia a dia das pessoas.
A Zona Oeste também tem bastante árvores. Árvores de todos os tipos, puxadas pela USP e pelo Parque Villa Lobos, ainda em construção, mas já com árvores pegando jeito, se empinando na paisagem plana do pedaço.
É aí que as sibipirunas entram de sola. Como pouca gente sabe o nome das árvores plantadas na cidade, pouca gente sabe que a sibipiruna é a sibipiruna. Como diria um antigo amigo dos tempos das passarinhadas na fazenda: sibipiruna se chama árvore boba do brejo.
Mas não é. Sibipiruna é árvore grande, de porte, com folhas verdes mais para claro, e uma florada dourada de fazer até ipê ter vergonha. A florada das sibipirunas é agora, por isso a cidade está mais bonita ainda.
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