As discussões evoluem
Que a atual administração municipal tem um problema de gestão ninguém tem dúvida. Pelo jeito, problema atávico, encravado no DNA do partido ou coisa assim.
Tem quem afirme que o sonho dela é transformar São Paulo na antiga vila quinhentista que, até a segunda metade do século 19, cochilou pobre e esquecida, com os tropeiros e a Faculdade de Direito como únicos diferencias.
Se for por aí, a ciclovias estão explicadas. Em 1500 a bicicleta não havia sido inventada, mas as trilhas e picadas esburacadas já faziam parte da paisagem.
A exceção era o Peabiru, o caminho mítico que ligava várias partes do litoral brasileiro ao império inca. As descrições do caminho são fantásticas e dão conta de algo completamente fora da realidade e competência dos tupis e outros índios que habitavam por aqui.
A buraqueira das picadas e trilhas se repete nas ciclovias. Que o diga a maluquice pintada no chão da Rua Ásia. Ou o descalabro na Praça Vilaboim.
Isso para ficar só em duas, porque o quadro é dramático. Graças a Deus, a topografia da cidade não incentiva os ciclistas, o que é uma sorte para o SUS. Sem eles, não aumenta o número das vítimas de acidentes.
Mas as trilhas e picadas são apenas um lado do imenso problema. Os indicadore vão muito além.
É olhar os buracos nas ruas e os remendos mal feitos. O mato nas praças e nos canteiros. A pichação, a sujeira, o descaso.
A corrente do retorno ao passado tem argumentos fortes. Mas o outro lado também tem. Segundo ele, a administração faz o que faz porque é incompetente, sim, mas tem mais: ela não gosta de São Paulo.
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