As árvores caem
As árvores, como todos os seres vivos, nascem, crescem e morrem. Algumas têm morte heroica. Despencam seus troncos milenares, arrastando na queda dezenas de plantas mais novas, abrindo grandes clareiras no meio da mata.
Outras têm destino menos belo. São simplesmente cortadas dentro das florestas industriais.
Há também as que, por uma razão ou outra, desde planejamento urbano, até vontade do dono do terreno, passam a vida nas cidades, onde, dependendo do responsável, podem ter vida mais ou menos fácil.
Em São Paulo, atualmente, a maioria das árvores dança picadinho. É que a Prefeitura, responsável pela manutenção das árvores nas ruas e praças e quem dá as autorizações para o tratamento das árvores dentro dos imóveis, simplesmente não age.
O resultado é que árvores que necessitam de poda ou outro tipo de tratamento acabam ameaçando o entorno pela falta dos cuidados básicos para sua existência saudável.
Não, a culpa não é da atual administração. Há décadas que milhares de árvores paulistanas estão ameaçadas, carcomidas pelas pragas, doenças, inclemência do tempo e falta de atenção.
Nada que ações simples não pudessem resolver, mas, ainda que tendo uma Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, o que se vê é a inércia da Prefeitura, até quando há risco concreto de dano sério para pessoas e coisas. Tanto faz, ninguém se mexe, ninguém faz nada e se o cidadão comum tentar fazer por conta própria, corre o sério risco de ser preso, acusado de dano ao meio ambiente. Coisa de louco? Não.
Apenas o Brasil. Por isso mesmo, não esquente a cabeça. As árvores continuarão a cair com a mesma certeza das tempestades de verão.
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