Andar de bicicleta

Eu tenho criticado as ciclovias e as ciclofaixas que a Prefeitura vai espalhando sem qualquer critério pelas ruas e calçadas de São Paulo. Por isso tenho recebido apoio e críticas, o que é normal. Afinal, cada um é cada um e cada coisa é uma coisa. Com e sem metas ou aumento do fluxo.

Eu tenho bicicleta e pedalo desde menino, naquela época em São Paulo, na fazenda da família e no Guarujá.

Para fazer exercício, pedalo regularmente pelas ruas de São Paulo há mais de 30 anos. Atualmente pedalo pelo menos uma vez por semana, percorrendo algo próximo de 25 quilômetros, em pouco mais de uma hora.

Já passei apertos de todos os tipos. Caí por culpa minha; fui fechado por um carro, caí, bati a cabeça com tanta violência que rachou o capacete e fui levado para o Hospital Universitário, onde refizeram meu lábio superior que estava pendurado feito uma tromba. Ou seja, sei o que é pedalar. Conheço os prazeres e os riscos por que os senti no corpo.

Até por dever de ofício, conheço as ciclofaixas e as ciclovias. E confesso: não sou entusiasta da maioria delas. As ciclofaixas, porque as diferentes formas de pedalar são um convite para acidentes. E as ciclovias, porque grande parte está instalada em lugares inapropriados, com buracos, desníveis e inclinações erradas. A exceção era a ciclovia do Rio Pinheiros, mas, em função dos assaltos, deixei de frequentar.

Quanto a preferir os automóveis, dependendo da hora, prefiro, sim. Ou não. Mas vale lembrar que as bicicletas são mais antigas do que eles. E não são tão pacíficas. Foram usadas nas duas guerras mundiais para a locomoção rápida das tropas. Além de serem usadas até hoje, em função da sua agilidade, por várias polícias.

Só que o tema não é as bicicletas, mas o que a Prefeitura está fazendo. Fazendo errado e parando a cidade.