A solução seria um poste
Tenho amigos que insistem que seria melhor para a cidade se Lula, o eleitor de postes, tivesse eleito um poste para ocupar a Prefeitura.
Por quê? O argumento deles é impecável: os postes, na melhor das hipóteses, são neutros. A atual administração municipal não é e, o que é pior, parece que não gosta da cidade.
Entre mortos e feridos, estão morrendo todos. São Paulo está suja. Feiamente suja e o serviço de limpeza, além de não limpar num padrão aceitável, atrapalha o trânsito com seus dinossauros rodando pela cidade exatamente nas horas mais complicadas.
São Paulo está esburacada. Não há canto da cidade que não tenha buraquinhos, buracos, buracões e crateras se proliferando na rapidez do Super-Homem salvando a Terra. Mas pior do que os buracos são os remendos mal feitos para tapar os buracos. Em poucos dias o buraco retorna e o entorno fica pior do que antes porque o asfalto mal aplicado cria costelas de vaca que potencializam o incômodo do buraco.
São Paulo para em velocidade inversamente proporcional à do helicóptero que atende os bem-aventurados do Anhangabaú. Não tem como o trânsito andar porque as faixas de ônibus e de bicicletas estreitaram os espaços para os pedestres e os outros tipos de veículos, que são a gritante maioria dos meios de locomoção da cidade.
Quem quer ver o processo em marcha, vá até a Amaral Gurgel. A ciclovia lá é um primor. Pintada no canteiro central, debaixo do Minhocão, vai de lugar nenhum a lugar nenhum, atrapalha os pedestres, que perderam a segurança da calçada, e complica ainda mais o trânsito, porque a terceira faixa da rua foi estreitada e não cabe um automóvel nela.
Prefeitura trabalhando é isso. Ah, que vontade de votar num poste!
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