A multiplicação dos buracos
Quem anda por São Paulo e não presta atenção no chão corre o sério risco de cair num buraco. Tanto faz se a pé ou de carro, a possibilidade existe. Só não é enorme porque algumas ciclovias conseguem ter crateras ainda maiores.
São absolutamente inviáveis tanto faz a finalidade. Mas estão aí, complicando o trânsito, ocupando espaço na pista, espremendo os automóveis como se alguém na administração municipal tivesse uma velha conta para acertar. Coisa do tipo quando era jovem, outro rapaz, com cabelo mais comprido, roubou sua namorada e ainda riu na sua cara.
Não há outra explicação para o fenômeno das ciclovias inviáveis. Só incompetência, por mais absoluta que seja, por mais tecnologia que a CET tenha emprestado, é pouco para explicar o inexplicável.
Ninguém discute que a atual administração municipal está entre as mais incompetentes das últimas décadas, mas só incompetência é pouco para explicar as ciclovias que não vão a lugar nenhum e os buracos que se multiplicam em pleno inverno, estação seca, portanto, em princípio, época em que a multiplicação das crateras arrefece.
Há mais. Tem que haver mais. Se não tiver, o problema é mais sério. Envolve análises necessariamente feitas pelo famoso Instituto de Análises Gôngoro-quiromânticas-sub-nucleares da Coréia do Norte.
O assunto é tão delicado que, apesar de municipal, foi considerado secreto num parágrafo especial da regra que classifica o empréstimo para o porto cubano, que será usado pelos norte-americanos, como secreto.
Mas os buracos não são secretos. Estão aí, vivos, quebrando dentes, pernas e suspensões. Machucando e se multiplicando numa velocidade que nem o buraco gigante de Interlagos, em seus melhores dias, imaginaria possível. Êta mundão bão! E com buraco é melhor ainda!
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