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Crônicas & Artigos

em 17/06/14

A estupidez da guerra

por Antonio Penteado Mendonça

O dia D, 6 de junho de 1944, pode ser visto como o lado de baixo do pão que transformou a Alemanha na salsicha do enorme cachorro quente que, em maio de 1945, venceu o nazismo na Europa.

Desde a vitória em Stalingrado, os russos pressionavam forte nas estepes do leste. Os norte-americanos e britânicos já subiam pela bota italiana, mas o desembarque na França foi o momento que marcou o começo do fim da guerra mais sangrenta e mais estúpida na longa história de barbaridades que marca o reinado do homem sobre a Terra.

Tem coisas que são e outras que poderiam não ser. A Segunda Guerra Mundial poderia ter sido evitada? A resposta não existe, mas, se existisse, estaria mais próxima do não.

Os fatos têm ritmo próprio e alguns, quando começam, só param depois de derrubar todas as paredes.
Contas recentes dão um total de baixas próximo de cem milhões de pessoas, entre soldados e civis. Foi na Segunda Guerra Mundial, que pode ser vista como o segundo tempo da guerra de 1914, que a aviação foi empregada para bombardear cidades, políticas de extermínio coletivo foram implantadas e duas bombas atômicas foram usadas.

As populações de Londres, Varsóvia, Berlin, Dresden, Hiroshima e Nagasaki, para não alongar demais a fila, foram impiedosamente massacradas por tiros, bombas incendiárias, explosivos de alto impacto, foguetes e as duas únicas bombas atômicas utilizadas numa guerra.

Todos os continentes sentiram o peso absurdo de uma guerra absurda que não foi possível evitar. O horror foi tão grande que, depois dela, o mundo começou a se organizar e a criar fóruns como a ONU, com a missão de impedir outra tragédia similar. Até agora, vamos dando conta do recado, mas não dá para imaginar que o perigo passou.

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