A culpa não é dos macacos
Não há nada comparável à brutalidade humana, exceto a estupidez. É só olhar a história.
Relembrar o holocausto nazista, que matou mais de 6 milhões de judeus, ou o confisco de alimentos na União Soviética, com o qual Stalin alimentou as cidades e matou mais de 20 milhões de camponeses. O Khmer Rouge, no Camboja, em poucos anos matou quatro milhões de pessoas e a revolução cultural chinesa não ficou muito atrás.
Em escala global, os números mais recentes sobre a Segunda Guerra Mundial dizem que morreram perto de cem milhões de pessoas, grande parte civis, vítimas dos bombardeios aéreos.
O Brasil é tido como uma terra pacífica. Os paraguaios não vão concordar com isso. Foram massacrados na guerra do século 19. Da mesma forma que os seguidores de Antonio Conselheiro, em Canudos, e os moradores do Contestado, na divisa do Paraná e Santa Catarina.
Quer dizer, o que o país vai vendo agora não foge da brutalidade que levou aos desfechos de Canudos e do Contestado. A estupidez sem sentido, fruto do desconhecimento e da ignorância, que leva à brutalidade insana, que neste momento mata macacos, como se fossem os responsáveis pela Febre Amarela que assola parte do Brasil.
Os macacos são vítimas da doença e da boçalidade humana. Eles atuam como sentinelas avançados que protegem os humanos. Eles adquirem a doença e morrem, servindo de aviso para as autoridades de saúde tomarem as providências necessárias para proteger a população, o que, como se vê, não é a regra nacional.
Matar macacos não passa de covardia e crueldade gratuita. O triste é que na origem da matança está a ignorância decorrente do estrago lamentável que fizeram na educação do país. Tende piedade, Senhor! Eles não sabem o que fazem.
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