A culpa é do Lula
Quem sou eu para saber o que a história vai dizer dos dias de hoje no Brasil. Não tenho como, inclusive porque não estarei vivo quando a história for realmente escrita, depois de ter sido peneirada pela passagem do tempo, a morte dos personagens, a memória social e os documentos a respeito do momento analisado.
Será que Lula continuará sendo o “pai dos pobres”? Será que os 13 milhões de desempregados gerados pelo Governo Dilma não apagaram o hipotético milagre do Bolsa Família?
Será que deixar o Bolsa Família um processo assistencial puro não deporá contra o desenho do homem do povo interessado em tirar o povo da miséria? Não há contradição entre a bandalheira escancarada e o salário mínimo ser menor do que o auxílio pago à família dos presos?
Será que a eleição dos dois postes, Dilma e Haddad, não comprometem a imagem do líder democrático que, de verdade, como ele mesmo disse, colocou dois postes no governo para assim continuar mandando?
Quem tem dúvida sobre quem é quem na hierarquia do PT é só prestar atenção na última eleição. Quem deu as cartas, quem disse o que fazer e não fazer foi Lula. Ou será que alguém acha que o Haddad ia a Curitiba chupar picolé com o grande líder?
Dilma e Haddad são farinha do mesmo saco, ou postes da mesma fábrica. O que muda, e aí está toda a diferença, é que, enquanto Dilma é uma piada, Haddad é uma tragédia.
Ela ensacava vento, comia mandioca, afundou o país numa crise sem tamanho e ele foi tão ruim como prefeito que até Celso Pitta passou a ser visto como alguém menos ruim do que se imaginava. Graças a Deus, parece que eles e o Lula foram embora no vento que ela não ensacou.
Voltar à listagem