A coclovia da João Ramalho
Cada vez que eu subo a Rua João Ramalho em direção à PUC, fico fascinado com a faixa vermelha pintada no lado esquerdo da rua.
A primeira pergunta que me vem à cabeça é quem teve a ideia genial de pintar um faixa para bicicletas na íngreme ladeira.
A segunda é quantas pessoas, tirando alguns poucos fanáticos ou pagadores de promessas, já tentaram pedalar naquela ladeira.
A terceira, que sempre me faz rir, é como fica a cara do intrépido super-herói ao chegar quase em cima e descobrir que a ciclovia acaba de repente, sem aviso e sem razão, exceto o respeito que a Universidade Católica impõe até em gente como os pensadores das ciclovias.
Coisas de uma cidade completamente à mercê de uma administração que não tem ideia do que seja urbanismo, melhora da qualidade de vida, resgate das áreas degradadas ou manutenção do espaço público.
Uma administração que não sabe o significado do termo respeito pelo cidadão, o mínimo que se espera de quem foi eleito na ilusão de que iria melhorar as condições de vida da população.
A ciclovia da João Ramalho não é a única, nem a pior, prova da falta de comprometimento da Administração com quem mora na cidade.
A ciclovia da Rua Ásia é muito pior e o que pintaram em baixo do Minhocão apavora. Lá conseguiram prejudicar os pedestres, os motoristas e os próprios ciclistas, que têm um exíguo espaço à sua disposição.
Mas, voltando à ciclovia da João Ramalho, nem se o ciclista fosse um camicase e se atirasse ladeira abaixo do outro lado da Avenida Sumaré, ele conseguiria chegar ao primeiro quarteirão da subida. Por isso, a última pergunta é: pintaram por deboche ou é só incompetência?
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