A cidade para alugar
Enquanto a administração que não gosta de administrar a cidade cria situações paradoxais, como afirmar que não está preocupada com os moradores dos Jardins porque representam menos de 1% da população e, de outro lado, cria ciclovias para menos de zero vírgula qualquer coisa das viagens feitas diariamente em São Paulo, a cidade vê seus imóveis se esvaziarem na velocidade da crise gerada pela incompetência do partido que governa o país e o município.
Cada vez mais, mais, e mais imóveis ficam vazios. Simplesmente não cumprem mais seu papel social de gerar riquezas, de gerar trabalho, de aquecer a economia.
Ao contrário, fechados, criam novas despesas, novas saídas de dinheiro sem retorno de qualquer espécie e sem abatimento dos impostos.
Não há rua, praça ou avenida sem imóveis fechados. Imóveis que até pouco tempo atrás estavam alugados para lojas e escritórios, simplesmente foram desocupados, estão vazios, sem ninguém trabalhando, comprando ou vendendo.
É neste clima ruim, negativo e triste que a administração que não gosta de administrar a cidade decidiu que é hora de mexer no zoneamento e destruir o verde que embeleza áreas preservadas, quem sabe para fazê-las parecidas com as áreas degradadas, onde as flores que existem são de plástico e estão em cima da geladeira, não porque os moradores assim o queiram, mas por falta de opção.
O que apavora é que, enquanto no mundo inteiro, até nas ditaduras que o partido no governo acha legais, todos querem melhorar o padrão de vida da população, aqui, na maior cidade do hemisfério sul, a administração que não gosta de administrar a cidade pretende o contrário. Quer destruir o bom em vez de fazer o ruim ficar melhor.
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