A boçalidade segue em frente
O Restaurante Senzala, na Praça Panamericana, foi atacado por manifestantes que pretendiam atacar a casa do Presidente da República, localizada numa rua próxima.
Os dois atos dão bem a medida do grau de boçalidade que grassa em parte da dita esquerda nacional.
Seria patético, não fosse trágico, porque tem gente de boa-fé que vai na onda, sem perceber que está apenas servindo de massa de manobra para interesses que não tem nada a ver com política, mas com a mais deslavada corrupção e a tentativa de fazer de conta que não é bem assim.
Atacar a casa do Presidente da República em nome da luta pelos direitos trabalhistas é não conhecer os direitos trabalhistas, não ver que são as Centrais Sindicais que estão por trás e que é tudo jogo de cena para preservar um dos sistemas mais contrários aos interesses dos trabalhadores que existe no mundo.
Acabar a farra é medida que se impõe. Não dá para meia dúzia de inocentes úteis servir de bucha de canhão. Parece que o país entendeu e, no voto, mudou a regra e deu conta do recado.
Mas mais estúpido ainda é atacar um restaurante bom e honesto por causa do seu nome, dado mais de 40 anos atrás. Segundo os atacantes, o ato de vandalismo foi porque a palavra Senzala remete à escravidão e ao sofrimento dos negros. Tudo bem, é verdade, mas não é mudando o nome do restaurante que o passado será mudado.
Se for nessa linha, como fica o monumental Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire? Devemos mudar o título para Casa Grande, sem sala?
E como fica Jesus Cristo? Isso mesmo, como fica Jesus Cristo, que salvou o servo de um romano, em vez de pegar em armas para libertá-lo?
Se Deus limitou a inteligência, manteve a boçalidade infinita.
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