A arte de Moussia Pinto Alves
Quantas obras primas são completamente desconhecidas? Quantos quadros, esculturas, livros, músicas nunca foram além de seus autores e uns poucos privilegiados? Quanta arte se perdeu na poeira do tempo? Quantos artistas foram marginalizados, por isso ou por aquilo? Quantos acabaram esquecidos?
Por um destes acasos mágicos, Van Gogh, que em vida vendeu 2 quadros, hoje é dos pintores mais valorizados. Mas ele poderia ter sido esquecido, ou melhor, nem ser lembrado.
E isso se repete ao redor do mundo, inclusive em sentido inverso, com artistas, que tiveram seu momento de glória, engolidos pelo tempo e esquecidos, empoeirados nas prateleiras de velhas bibliotecas, cujos livros acabam vendidos a quilo.
Há também os que, por um motivo ou outro, independentemente do talento e de serem conhecidos, acabam ficando à margem.
Quantos brasileiros conhecem seus grandes artistas? Tirando Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral e mais meia dúzia, quem já ouviu falar em Benedito Calixto, Anita Malfati, Clóvis Graciano, Pancetti, Carlos Araujo, Cabral, Dudu Santos?
Quem conhece a obra de Waldemar Belisário, com suas marinhas deslumbrantes, e sabe que ele foi agregado na casa de Tarsila do Amaral?
Por isso a Pinacoteca do Estado fez um trabalho maravilhoso ao montar a exposição de Moussia Pinto Alves e resgatar para o público uma grande artista.
Moussia tem obras preciosas, mas pouco conhecidas. Depois da exposição e do catálogo das obras expostas, com certeza será resgatada pelo público e pela crítica.
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