25 de janeiro de 1554
No dia 25 de janeiro de 1554, o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, andava pelo caminho do Peabiru, próximo da região de Itu, estudando suas possibilidades como rota de entrada para o interior da América do Sul.
Ele não estava na acanhada Vila de Santo André da Borda do Campo, sucessora da Vila de Piratininga, fundada em 1532, por Martim Afonso de Souza, no Planalto, depois da Serra do Mar.
Também não estava na colina próxima da vila, onde o padre Manuel de Paiva se preparava para rezar missa em ação de graças pela inauguração das novas instalações do Colégio dos Jesuítas.
Naquele momento, a preocupação do grande formulador das ações da Companhia de Jesus na nova terra estava muito mais em descobrir a melhor forma de seguir continente adentro do que no pequeno edifício, erguido no alto de uma colina cercada por dois rios e com uma encosta inclinada, que lhe davam amplas condições de defesa no caso de ataque dos índios.
Os jesuítas estavam no Planalto desde agosto de 1553, sob o comando de Leonardo Nunes, o Abarebebê, que subira a serra levando consigo treze religiosos, entre eles um jovem espanhol, corcunda e doente do peito, chamado José de Anchieta.
Em 1554, Anchieta não era padre, era irmão, e não comandava os jesuítas no Planalto. No dia 25 de janeiro, os jesuítas não fundaram uma vila, apenas inauguraram as novas instalações do colégio aberto em agosto de 1553, em Santo André da Borda do Campo.
São Paulo de Piratininga surge formalmente como vila apenas em 1560, quando Nóbrega e João Ramalho pedem a união das duas comunidades europeias do Planalto ao Governador Geral.
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