12 de outubro
12 de outubro é dia da criança, do corretor de seguros e de Nossa Senhora Aparecida.
É muita coisa para um dia só, mas é melhor ser assim do que não ser. Afinal, quem pode mais chora menos e estar em companhia da santa padroeira do Brasil não faz mal a ninguém.
Nossa Senhora Aparecida, surgida das águas, na rede de um pobre pescador. Santa padroeira do Brasil. Com igreja e depois basílica na cidade que homenageia seu nome.
Estátua pequena, escura, preservada, de madeira de lei que ninguém sabe quanto tempo ficou dentro d’água.
Nossa Senhora Aparecida, nesta hora de dificuldades, com o horizonte cinzento pesado, ameaçando a todos com o fogo do purgatório, olhai por nós. Deixai vossas mãos debaixo de nós. Intercedei pelo Brasil, arrebentado por uma corja sem qualquer limite, tanto na sede de poder, como na incompetência e na bandalheira quase absoluta.
Corretor de seguros, dá segurança ao patrimônio e à capacidade de atuação da sociedade. Que suas apólices minimizem os danos de todas as sortes que ameaçam os brasileiros. A grande pena é você não ter na prateleira seguro para político ladrão e político incompetente. Nem pra seus filhos e os demais apadrinhados.
Os estragos causados por eles deixam no chinelo os danos das catástrofes climáticas. O que é um tsunami ao lado de um político brasileiro? O que é um furacão ou um tornado? Além do mais, contra estes riscos existe seguro, mas contra o político existem apenas os milagres de Nossa Senhora Aparecida.
E vocês, crianças. Vocês são as donas do futuro. Cabe a nós dar-lhes de presente um país mais justo. Essa briga é nossa. Estamos nela.