Um guincho é tudo
Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça
Quem já ficou parado numa estrada sem movimento, numa noite fechada, sabe, um guincho é tudo. Eu já passei por essa experiência subindo pela rodovia Oswaldo Cruz, na serra de Ubatuba. Em plena madrugada o carro pifou. Só você parar já é complicado. A estrada é estreita, você não tem a menor certeza se algum motorista, aproveitando a falta de movimento, não vai aparecer mais rápido do que dá, saindo de uma curva sem visibilidade para bater na traseira do seu carro, parado no meio da pista sem acostamento que sobe e desce a serra.
Ou então se algum esperto, vendo você parado e indefeso, não decide se aproveitar da situação, lhe aponta uma arma e pede que você passe tudo que você tem, começando pelo celular desbloqueado. De verdade, não precisa nada disso, só você ficar parado, pensando nessas possibilidades e na perspectiva de passar a noite na beira da estrada deserta, já é suficiente para deixar a pessoa mais corajosa com medo. E acidentes como esse acontecem. Eu sei por que já passei por um.
Em época de férias os acidentes se tornam mais comuns. O simples aumento do número de veículos nas estradas agrava a conta. Mas tem mais. Parte desses veículos entra na estrada sem passar por uma revisão, o que piora as estatísticas e eleva as chances de você acabar com o carro quebrado, numa estrada deserta, numa madrugada de férias de verão.
Isso para não falar nos acidentes de todos os tipos que também ajudam a piorar o quadro. Não precisa ser um acidente grave, com vítimas machucadas ou coisa assim. Uma simples batida em outro carro, ou num barranco, é suficiente para encerrar a viagem porque o seu automóvel simplesmente não tem condições de rodar. E aí, fazer o que?
Quem tem seguro só precisa telefonar e pedir ajuda para sua seguradora. A imensa maioria das seguradoras brasileiras que operam com seguro de automóvel tem no pacote de serviços oferecidos com suas apólices pelo menos o serviço de guincho. Umas oferecem um serviço mais abrangente, outras serviços mais restritos, mas tendo seguro e ligando para sua seguradora, de alguma forma você será atendido. Até porque, se não o for, é caso de falar com seu corretor e mudar sua apólice para outra companhia.
O seu seguro faz a diferença. Se for caso de acidente de trânsito, colisão, tombamento, etc, depois a seguradora vai se encarregar de indenizar o conserto. Mas ali, na estrada deserta, de madrugada, no escuro, você não está pensando no conserto, você quer mais é sair dali rapidamente, ou o mais rápido possível. E quem resolve isso é o guincho, o bendito guincho que você chamou pelo seu celular e que de repente aparece de trás de uma curva, como a cavalaria dos filmes de caubói, pronto para te salvar, te levar embora para casa, para a civilização, e de quebra levar o carro junto. Todos salvos e íntegros, sem sofrer dano maior do que o medo que você sentiu, parado, esperando o guincho chegar.
Se você não tem seguro pense nisso. Seguro é bom porque indeniza os danos, mas é melhor ainda porque te tira de frias quem podem ser muito desagradáveis.
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