Seguro para celular
Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça
De acordo com números da Secretaria de Segurança Pública o roubo e furto de celulares encabeçam a lista de crimes praticados na cidade de São Paulo. Não são algumas dezenas de milhares de aparelhos, são mais cem mil celulares levados pelos bandidos. É número para ninguém colocar defeito e as finalidades dos assaltos impressionam pela criatividade dos bandidos.
Durante muitos anos a razão do roubo ou do furto era vender o aparelho para uma larga rede de receptadores que lhes davam os mais variados destinos, inclusive a exportação para países africanos. Já os criminosos variavam basicamente entre os profissionais, que assaltavam para vender o bem e ganhar dinheiro e os drogados, que assaltavam para trocar os aparelhos por uma pedra de crack e manter o vício.
A inclusão dos aplicativos de bancos nos aparelhos celulares abriu uma nova e rica vertente, o crime para entrar na conta do proprietário do celular e limpar o que estiver depositado nela. Com o advento do “pix” esta modalidade de ação ganhou um reforço importante, pela facilidade com que os criminosos passaram a movimentar as contas e fazer pagamentos, sacando os fundos da vítima com incrível rapidez.
Daí em diante surgiram quadrilhas organizadas, focadas em modos de operação específicos, com mais ou menos violência, mas sempre com alta taxa de sucesso. Alguns assaltos acontecem quando a vítima está andando pela calçada, falando no celular. Um criminoso de bicicleta passa ao seu lado pega o telefone e se manda rapidamente, sumindo no movimento da rua. Outros preferem trabalhar em bando e cercam a vítima e tomam o aparelho de suas mãos, invariavelmente batendo nela. Tem também as quadrilhas que ficam nas ruas observando os carros que estão com os celulares expostos, em suportes presos nos vidros ou nos painéis. Como quem não quer nada, um dos bandidos se aproxima do carro, dá uma pedrada, quebra o vidro do passageiro, rapidamente pega o telefone e foge, enquanto comparsas lhe dão proteção.
Não cabe aqui avaliar a forma de assalto mais traumática, todas que terminam com os assaltantes levando celular são traumáticas para as vítimas. Se não for por nada porque os celulares hoje podem custar caro e o acesso aos dados bancários mais caro ainda, então ser fisicamente ou moralmente agredido é apenas o começo de uma saga que acaba mal.
A forma mais eficiente de evitar esta modalidade de crime é não usar o celular em lugar público e não deixar a mostra dentro do carro. A outra é contratar seguro para o aparelho e para se proteger dos prejuízos resultantes da invasão da conta bancária.
Aqui cabe a pergunta, será que todos os celulares devem ser segurados? A resposta é depende. Depende da situação econômica de cada um e quanto a reposição do parelho roubado vai pesar no bolso. Um aparelho velho não precisa ser segurado, mas um aparelho de última geração pode custar bem caro, aí o melhor caminho é o seu seguro.
Já o seguro da conta bancária depende do relacionamento entre o cliente e o banco. Cada caso é um caso, então ter seguro pode ou não ser importante. A sua contratação vai depender disso.
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