Inovação e seguro
Originalmente publicado no O Estado de S. Paulo.
por Antonio Penteado Mendonça
No dia 5 de dezembro aconteceu no Rio de Janeiro a premiação do décimo terceiro “Prêmio Antônio Carlos de Almeida Braga de Inovação em Seguros, Previdência Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização”. Numa bela festa no Museu do Amanhã, os trinta trabalhos selecionados como finalistas foram apresentados ao público e dezoito escolhidos como os três campeões de cada categoria da premiação. Como foi colocado pelo presidente da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), Dyogo Oliveira, o simples fato de chegarem à final fez cada um dos escolhidos um campeão. A seleção foi feita nos detalhes, com base na subjetividade dos jurados porque todos os trabalhos tinham um nível de qualidade elevadíssimo.
Inovação é a palavra do momento. Em todas as áreas, tecnológicas, científicas, econômicas, sociais e outras que são parte da vida moderna. A chegada da Inteligência Artificial teve o dom de causar um terremoto em tudo que estava sendo feito. Daqui para frente, a “IA” ocupará um espaço cada vez maior e irreversível, modificando ao longo dos próximos anos a vida do ser humano.
Mas inovação não significa apenas computação e avanços tecnológicos nos setores envolvidos com processamento de dados. Ela vai muito além e engloba tudo que é feito no sentido de criar e aprimorar novos caminhos, resolver desafios e apresentar soluções eficientes para melhorar a qualidade de vida.
Assim, é possível se falar em inovação na gestão ambiental, na gestão de pessoas, nas comunicações, no desenvolvimento de produtos, na distribuição, na administração de estoques e matérias primas etc., isto para ficar no universo profissional. Se abrirmos o universo da gestão social e pessoal o leque é quase infinito.
O setor de seguros investiu em inovação no ano de 2023 quase 17 bilhões de reais e a previsão é que 2024 feche com 20 bilhões de reais. São ordens de grandeza impressionantes, que dão a dimensão do mercado e seu compromisso em proteger cada vez com mais eficiência a sociedade brasileira.
Estes investimentos não são aleatórios, nem estão soltos dentro das empresas. Recente pesquisa sobre o tema, realizada pela CNseg, mostra que a inovação é tratada com extremo profissionalismo, baseada em princípios de gestão e compartilhamento de informações solidamente disseminados nas companhias. O resultado do modelo é que a imensa maioria dos gestores entrevistados, que no total representam mais de 50% do faturamento da atividade, se mostrou satisfeita com os objetivos alcançados pelos diferentes players, nas áreas escolhidas por cada um deles.
Na prática, isto explica por que o setor de seguros, ao longo dos últimos anos, tem tido um forte crescimento e uma ampla diversificação de produtos e serviços, muito mais alinhados com as efetivas necessidades da sociedade, além de participar ativamente de fóruns e discussões onde estão sendo debatidos os grandes temas que afetam ou podem afetar o bem-estar social.
Para o setor, investir em inovação é se manter “no estado da arte” para desempenhar sua missão de proteger a sociedade e remunerar adequadamente colaboradores e acionistas.