Casa nova para quem trabalha sério
Originalmente publicado no jornal Sindseg SP.
por Antonio Penteado Mendonça
Dia 26 de novembro acontece a inauguração oficial da nova sede do Sindseg/SP. Localizada na Avenida Paulista, num dos edifícios emblemáticos da mais paulistana de nossas ruas, ela pode ser vista de diferentes jeitos e conotações.
Haverá quem diga que tem saudades do Centro Velho. Que o novo endereço é menos charmoso. Que o Sindicato abriu mão de ser parte da história da cidade. Apesar de pouco provável, não há razão para que não tenha quem não comungue com essas opiniões.
Haverá também quem considere a mudança um avanço importante para mostrar a representatividade do maior sindicato de seguradoras do país. Quem entenda que as instalações no Edifício Eluma são o diferencial que São Paulo necessitava para não ficar atrás de sindicatos menos importantes. Tem quem veja o local como mais fácil de ser acessado. Quem entenda que houve um “up grade”.
Que as seguradoras foram para o endereço em que mereciam estar faz muitos anos.
Uma das características da democracia é o respeito pela opinião alheia. Cada um pode pensar o que quiser e exprimir suas ideias, desde que não fira a lei. Este direito é garantido pela Constituição Federal e não pode ser desrespeitado, sob pena de violação do próprio conceito de democracia.
Assim, cada um pode pensar o que quiser, ou não pensar nada a respeito da inauguração da nova sede do Sindicato das Seguradoras. Tanto faz. Ela está aí, real, montada, instalada num dos edifícios ícones da Avenida Paulista.
Mas será que isso muda muita coisa na vida dos que tocam o Sindicato? Em termos de conforto e mobilidade, provavelmente sim. E bastante. Se não for por nada, o visual da região é muito mais bonito e mais agradável do que a vista do começo da Avenida São João.
Mas e quanto ao resto? Será que a nova sede significa uma mudança profunda no compromisso do Sindseg/SP com seus associados e com a sociedade como um todo? Será que sair do Centro Velho vai além da mudança física e implica em mudança de comportamento? Uma certa soberba no lugar da singeleza de antes?
Duvido. Eu conheço o Sindicato das Seguradoras de São Paulo faz muito tempo. O suficiente para me lembrar da região da Avenida São João não degradada, da mesma forma que me lembro da Avenida Paulista explodindo na década de 1970, quando o Edifício Eluma foi construído.
E conheço quem trabalha nele e para ele. É gente de primeira, tanto faz o viés que se pegue para analisá-los.
Por este lado, a mudança física do Sindicato não muda nada em suas rotinas, nem em tudo de bom que ele faz.
Na casa nova o Sindicato das Seguradoras continua abrigando outras entidades do mercado, prossegue seu trabalho conjunto com o Sindicato dos Corretores de Seguros, mantém vivas as atividades sindicais diretamente ligadas ao setor que ele representa.
Quer dizer, a nova sede é um avanço, mas um avanço que dá mais conforto para quem direta ou indiretamente trabalha ou procura o Sindseg/SP. Se ele continuasse no Centro Velho, a qualidade do trabalho oferecido seria a mesma de sempre.
Mas a busca pelo aprimoramento é uma constante, que mais do que nunca se impõe para quem pretende dar certo ou fazer bem feito o que deve ser feito. Instalações apropriadas, confortáveis, bem localizadas, em endereços nobres fazem parte da imagem que uma organização como o Sindseg/SP precisa transmitir.
Afinal, quem representa empresas como as que compõem o setor de seguros não pode aparecer na foto vestindo molambos.
Por isso a inauguração da nova sede é um avanço importante.
Nela a equipe encarregada do Sindseg/SP continuará produzindo trabalho de primeira classe, agora emoldurado por instalações mais condizentes com o momento do setor de seguros dentro do cenário empresarial brasileiro.
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