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Crônicas & Artigos

em 26/06/15

A mão de obra faz a diferença

Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça

Todo mundo sabe, mão de obra especializada faz toda a diferença. É só observar uma parede erguida por pedreiros experientes e outra feita por alunos de direito. Não tem comparação, da mesma forma que advogados bem formados rendem mais do que advogados com diplomas de terceira classe. É a vida e a regra se aplica a todas as atividades profissionais, sem exceção.

Durante décadas o setor de seguros foi dos menos atraentes para os jovens profissionais que ingressavam no mercado de trabalho. Antes dele vinham a indústria, o setor financeiro e o comércio. A razão era a remuneração mais baixa e a falta de perspectiva para uma carreira com grande visibilidade.

Nem poderia ser diferente. O setor representava menos de 1% do PIB, era tarifado e controlado pelo IRB, estava no final da fila das atividades reguladas pelo Ministério da Indústria e do Comércio e não tinha apelo pelas possibilidades de criação.

Mas isso não quer dizer que a atividade não tivesse profissionais altamente competentes em suas fileiras. Tinha e alguns são lembrados até hoje pela inteligência, conhecimento e capacidade de trabalho. O IRB foi um grande formador de mão de obra especializada, da mesma forma que as principais seguradoras da época, Sul América, Internacional, Atlântica Boavista, Paulista, Marítima e outras.

Mas faltava uma escola, uma organização focada na formação de quadros para o setor. Assim surgiu a FUNENSEG (Fundação Escola Nacional de Seguros) com a missão de ocupar este espaço e se encarregar da preparação e aprimoramento dos profissionais envolvidos com seguros.

Durante décadas o principal produto oferecido pela FUNENSEG foi o curso de formação de corretores de seguros. Justiça seja feita, era o melhor e mais completo curso de seguros do mercado e, até hoje, é um programa de treinamento da maior importância para quem deseja se familiarizar com o tema.

Quem quisesse ter uma noção ampla do que era a atividade tinha obrigatoriamente que cursá-lo. Mesmo porque não havia outra opção que desse uma noção abrangente para executivos de seguradoras e corretores de seguros. Além dele, os outros cursos (em sua maioria, ministrados pela própria FUNENSEG) eram programas de treinamento específicos, que abordavam assuntos pontuais, como seguro de incêndio, seguro de transporte, etc.

O curso de formação de corretores de seguros é obrigatório até hoje para quem pretende entrar na profissão. Sem ele o interessado não tem direito ao registro de corretor de seguros e, consequentemente, não pode receber a comissão de corretagem, ou seja, não pode ser remunerado.

Apenas na década de 1980 surge outro programa de treinamento, levado a cabo pelo PEC da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o curso de seguros para executivos. Era um curso com foco na gestão de seguradoras, ou seja, um produto completamente diverso do curso de formação para corretores de seguros e com público limitado, já que visava aperfeiçoar os administradores das companhias de seguros.

Durante alguns anos ele dividiu o espaço com a FUNENSEG. Depois, mais uma vez, a Escola Nacional de Seguros correu sozinha por um bom tempo. Apenas na segunda metade da década de 1990 a Fundação Getúlio Vargas voltou a ministrar curso de seguro dentro do PEC. E na sequência a Fundação Instituto de Administração – FIA, ligada a FEA/USP, também lançou seu MBA em seguros.

Daí em diante, os programas de treinamento em todos os níveis profissionais começaram a proliferar e o setor de seguros atualmente conta com os mais diversos cursos para formação e aprimoramento profissional de seus quadros.

Com o crescimento acelerado dos últimos 20 anos o setor passou a ser visto como alternativa interessante pelos jovens e isso elevou o nível profissional das pessoas que buscam colocação no segmento.

Atualmente, a Escola Nacional de Seguros – FUNENSEG – segue líder dos programas de treinamento, com cursos dos mais diversos níveis oferecidos em praticamente todo o Brasil. Mas além dela, da FIA e de outros que estão na estrada faz tempo, o mercado vê com satisfação a chegada de novos players, como a Editora Roncarati ou a Agência SEG News, dispostos a investir em programas de treinamento para os profissionais do setor.

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