Jaguariúna
Jaguariúna está no meu roteiro desde que eu era menino. Meu avô materno tinha fazenda em Amparo e Jaguariúna ficava no caminho.
Íamos, minha avó Wilma e eu, de trem até Campinas, onde meu avô Orlando nos apanhava na estação. Dali seguíamos no seu carro, se não me falha a memória, um velho Ford 1939, até a fazenda Cachoeira, passando por Jaguariúna e Pedreira, as duas então pequenas cidades, com ruas de terra logo depois da praça central.
Para se ter uma ideia do que era São Paulo na década de 1960, a fazenda de meu avô não tinha luz elétrica. Situação que se repetia com regularidade por todo o Estado.
Depois, a partir de 1965, Jaguariúna entrou no roteiro como ponto final. Não a cidade, mas o município, onde fica a fazenda Santa Júlia, pertinho da cidade, comprada à época por meu tio Júlio Neto.
Jaguariúna era uma cidadezinha acanhada, cortada pelo Rio Jaguari, com a estação de trem que hoje é atração turística, uma adega que tinha televisão, meia dúzia de bares, alguns empórios e o casario simples.
Por vários anos passei pela cidade a caminho do sítio da minha irmã, resultado da divisão da fazenda de meu avô. Mas descobri que era mais fácil chegar lá por Holambra, por isso fazia muito tempo que não retornava para Jaguariúna.
O que eu via eram fábricas na beira da estrada. Sinal de evidente progresso em função da localização da cidade, na região do Polo de Tecnologia de Campinas.
Passei o carnaval deste ano na fazenda Santa Júlia e tive oportunidade de rever Jaguariúna. A cidade mudou, cresceu, encorpou, gostou do progresso e hoje dá gosto passar por lá. É uma cidade pujante, com a vida em ebulição e evidente ritmo de progresso.
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