Balões
Os balões são lindos. Cortam o céu com graça, voando leves, carregados pelo vento, cheios do ar quente garantido pela mecha. É aí que mora o perigo: a mecha, quando o balão cai, é uma arma terrível, mais eficiente que um lança-chamas e capaz de incendiar casas, fábricas, lojas e o que estiver na sua frente.
Não respeita nada, nem ninguém. O balão cai com ela acesa, o risco da tragédia é mais do que anunciado.
É verdade que alguns balões são obras de arte voadoras. São simplesmente lindos, mas isso não é motivo para que destruam a vida de pessoas que não têm nada com isso, que estão no seu cantinho de mundo, fazendo da melhor forma possível o que lhe foi dado fazer.
Imagine a cena: você está na sua casa, bebendo uma cerveja gelada, num sábado na hora do almoço e, de repente, sem aviso, cai um balão no seu telhado. Você não tem escada alta e, impotente, vê o balão pegar fogo e passar o fogo para o seu telhado.
Ou, como aconteceu com pessoas conhecidas, o balão caiu em cima da fábrica da família e destruiu tudo. Um patrimônio amealhado ao longo de três gerações foi queimado em menos de uma hora, destruindo a esperança de pessoas que viviam bem, apesar de todos os pesares de se ser empresário no Brasil.
Soltar balões é crime, e é crime porque pega pesado. Os estragos causados pelos balões são enormes, ano depois de ano.
Para não falar nos riscos para a aviação. A televisão mostrou imagens de aviões passando próximos de balões sobrevoando os aeroportos ou mesmo cortando a rota da aeronave no momento do pouso ou da decolagem. Se um balão bater num avião é praticamente certo que o avião cairá. É por isso que o Brasil foi rebaixado no quesito segurança aérea.
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