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Crônicas & Artigos

em 13/03/17

As Paineiras floridas

No carnaval fui para Jaguariúna. Fiquei hospedado na fazenda de minha prima Marina. Foram dias de descanso, muito exercício físico, papo bom, comida e bebida de primeira qualidade.

A Fazenda Santa Júlia é linda. A sede murada volta no tempo para a década de 1870, quando as paredes eram feitas de taipa de pilão e as tábuas do chão e do forro, cortadas de árvores centenárias.

Além da sede ser linda, a fazenda é um brinco, com o gado gordo e bem tratado solto em pastos bem mantidos. E a vista é de cinema. Do alto do platô, por onde boa parte da fazenda se estende, o horizonte vai longe em todas as direções.

Jaguariúna, Pedreira, Campinas surgem logo ali, depois de outras fazendas, a maioria também bem cuidada.

Minha prima Marina e eu fizemos longas caminhadas pela região. Enquanto minha mulher, a Tina e o Paulinho, a Ana e o João não se aventuraram para muito longe da sede e da piscina, nós dois metemos a bota na estrada e caminhamos horas a fio, no sábado e no domingo.

Morro acima e morro abaixo, fizemos a volta de boa parte da fazenda, graças a Deus, com céu meio encoberto e temperatura razoável, porque, se pegássemos o calor que vinha fazendo, dificilmente daríamos conta do recado.

O bom dessas caminhadas é a chance de andar dentro da natureza, atravessando pastos, estradas vicinais pequenas, cortando fazendas vizinhas, invariavelmente com uma vista linda diante dos olhos e árvores maravilhosas em volta.

O que me chamou a atenção foram as paineiras floridas. Ainda é cedo para elas, mas estão lá, deslumbrantes com sua roupa vermelha roseada, como se já fosse outono e o capim gordura também estivesse pronto para florir. Quem sou eu para dar palpite, mas a natureza está mudando.

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