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Crônicas & Artigos

em 09/03/17

É bonito ver as árvores da USP

A USP tem uma vegetação rica, espalhada pelos mais de 200 alqueires da antiga fazenda do Butantã. É das áreas verdes preservadas da cidade. Mais que isso, é constantemente melhorada, além de regularmente bem tratada, o que a transforma em viveiro ideal para os animais de todos os tipos que vivem em seus espaços amplos, no verde e nas construções.

De cachorros abandonados a capivaras, de macacos a lagartos, de gaviões a almas de gato, a USP é o lar de milhares de animais que preferem viver lá do que experimentar a dureza das ruas da cidade ou das matas e campos que cobrem o estado.

Afinal, é muito mais fácil comer abrindo os sacos de lixo do que procurar comida na natureza em volta, tanto faz se urbana ou rural.

Diz a lenda que pode mais quem chora menos. Na USP, isso pode ser visto na tranquilidade das capivaras pastando na raia de remo; nos lagartos que vivem em volta dos prédios da Politécnica; nos macacos na região da Faculdade de Física; nas aves que tomam de assalto todos os cantos da imensa área verde que abriga os prédios da melhor Universidade da América do Sul.

É verdade que às vezes alguns seres humanos, em absoluta sintonia com a imensa capacidade dos seres humanos se acharem mais importantes do que os outros, fazem bobagens que enchem de vergonha os outros seres humanos que os veem passando de automóvel em velocidades incompatíveis com o pedaço ou cometendo alguma outra bobagem com a calma certeza dos donos do paraíso.

É por isso que as árvores da USP se esmeram para não permitir que um imbecil estrague a perfeição do dia. É ver a composição das flores das quaresmeiras com as flores das espatódias para se ter certeza que o mundo pode ser melhor do que é. Só depende de nós.

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