A cidade está mais amiga
Não há como não reconhecer, “com migo ou sem migo”, São Paulo está muito melhor. Desde o começo do ano, a cidade mudou de clima. Dizer que mudou de cara seria um exagero, afinal, a cidade é imensa e desfazer todas as bobagens feitas na administração passada é trabalho para muito tempo, não tem como ir mais depressa com o andor, até porque o santo é de barro e falta dinheiro para tudo que precisa ser feito.
Mas o clima, este já mudou. O paulistano está mais leve, mais alegre, mais confiante, ainda que passe todos os dias por dezenas de imóveis fechados, por dezenas de imóveis pichados, por obras de arte pedindo pelo amor de Deus para serem recuperadas, etc.
Ainda há muito para ser feito. Quanto tempo levará é algo que pouca gente se habilita a responder, mas, dado o perfil da atual administração, é provável que aconteça mais rápido do que muita gente está pensando.
Não que tudo o que foi feito do começo do ano para cá seja uma maravilha ou tenha a benção dos anjos. Não tem sentido, por exemplo, que o Viaduto Dr. Plínio de Queiroz, que havia sido destinado apenas para ônibus, possa ter carros de volta, desde que com o motorista e pelo menos um passageiro e que trafegue de vidro aberto para o marronzinho de plantão ter certeza disso.
Mas isso é herança ou boca torta da antiga CET, uma força do mal que, com certeza, em algum momento, será controlada pelas forças do bem. Importante é não perder a esperança, até porque temos menos de 90 dias de nova gestão e a briga com os pichadores é um bom indicador da vontade de acertar.
Com jeito vai e, se não for com jeito, vai na pancada também. O que precisa é a Prefeitura ter certeza que a cidade apoia tudo o que for para melhorar a vida do paulistano.
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