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Crônicas & Artigos

em 26/12/16

Guapuruvus

Os guapuruvus não são das árvores mais conhecidas. É que eles não são tão plantados quanto os ipês, as tipuanas ou as quaresmeiras. Mas isso não quer dizer que eles não possam ser encontrados na cidade de São Paulo.

Estão aí, sim. Um, de bom tamanho, pode ser visto na Ponte da Cidade Universitária. Além dele, outros podem ser encontrados pelas praças da cidade, inclusive na Praça do Pôr do Sol, que já foi das praças mais simpáticas de São Paulo e, hoje, graças à prefeitura que não gosta da cidade, está suja e malcuidada, em absoluta sintonia com o que acontece na imensa região urbana em que se transformou a antiga vila bandeirista.

Os guapuruvus são árvores com raízes na nossa história. Parte das canoas de um pau só usadas pelos índios foram escavadas nos grandes troncos dos guapuruvus.

Foi com essas canoas que os tupiniquins e tupinambás navegaram o litoral, do sul de São Paulo até o Espírito Santo e sul da Bahia, e outros índios as usaram ao longo de nossa costa, ainda que nem sempre feitas com os troncos dos guapuruvus.

Cada árvore tem seu espaço e suas necessidades. Assim elas não crescem no mesmo lugar ou da mesma forma, em duas regiões diferentes.

Exemplo disso são os canoões usados pelas monções paulistas que demandavam Cuiabá. Normalmente eram feitos com os troncos de enormes perobas milenares, encontradas nas matas ao lado do Tietê.

Voltando aos guapuruvus, antes de saber que eram usados para fazer as canoas de um pau só, a árvore já tinha utilidade para mim, minhas irmãs e primos. Os dois lados de parte da estrada de entrada da fazenda de Louveira eram plantados com guapuruvus. E seus galhos finos, caídos no chão eram ótimos chicotes em nossos passeios a cavalo.

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