O caos tem dono
O trânsito em São Paulo é caótico. Não gira, nem em horário em que deveria girar. Para, se arrasta, avança em velocidade de cágado apostando corrida com bicho preguiça, faz de conta que vai e não vai, enfim, tortura as pessoas de bem condenadas a trafegar por suas ruas.
A principal responsável por isso tem nome: Prefeitura de São Paulo na atual administração. Seu braço armado é velho conhecido do paulistano, está aí faz muito tempo, sempre conseguindo piorar o que parecia ter atingido o fundo do poço. A capacidade de ser incompetente da CET não é apenas proverbial, é reconhecida internacionalmente, na outorga do troféu “a mais incompetente entre todas as incompetências” por anos a fio, o que a fez ganhar inclusive o prêmio especial pelo conjunto da obra.
A soma da má vontade da Prefeitura com a incompetência profissional da CET cria um clima de terror desde antes do cidadão sair de casa. Ao acordar e se vestir, ou melhor, ainda no momento em que sai da cama, o cidadão já sabe o que o espera e isso estraga seu dia.
Mas não são só a Prefeitura e a CET que implantam o caos nas ruas da cidade. Não, eles têm a colaboração de milhares de motoristas interessados em seus próprios umbigos, que fazem o que podem e o que não podem para ajudar o caos.
O primeiro tipo é o mau motorista. O indivíduo que não sabe dirigir, mas acha que sabe. O segundo é o esperto, o que quer levar vantagem em tudo e atrapalha todos em volta porque não tem qualquer constrangimento em fazer qualquer barbaridade para ficar 35 centímetros mais na frente. O terceiro é o mal-educado. O cidadão que não tem vergonha de abrir a janela e jogar um coco verde no meio da rua, como se fosse a sala da sua casa. O quarto é o politicamente correto, o que acha que está certo, mas não está, e é tão ruim quanto todos os outros.
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