O rio pinheiros e outras coisas
O Rio Pinheiros poderia ser muito bonito. Quem pedala pela ciclovia sabe disso. O leito segue uma geografia interessante, com a cidade crescendo dos dois lados. Seguindo a topografia mais plana na margem direita, com mais encostas na esquerda.
O Projeto Pomar está fazendo sua parte e o trecho entre as avenidas, o trem e a margem está ficando arborizado, com as plantas crescendo, ocupando seu espaço e embelezando o pedaço.
Mas o rio propriamente dito continua feio. Acima de tudo, continua sujo e isso faz com que fique feio.
Poderia ser diferente? Poderia. É questão de vontade política. O Tietê é mais complicado, atravessa vários municípios e, como acontece em Guarulhos, o esgoto entra no rio em natura, sem maiores preocupações com o estrago mais à frente.
Mas o Pinheiros corre no município de São Paulo, então não há possibilidade de ações de terceiros atrapalharem um projeto bem feito de despoluição de suas águas.
Não que não haja este projeto. Há e no passado andou mais rapidamente. O que está fazendo demorar não fica claro porque, como quase tudo que acontece no Brasil do poder público, falta transparência.
A mesma falta de transparência que está levando ao risco de racionamento de água e de energia elétrica.
O momento é de decisão. Ou fazemos o Brasil que queremos ou continuaremos parados no trânsito nosso de cada dia, enquanto parte dos nossos homens públicos voará de helicópteros e jatinhos e outra tungará nosso suado dinheiro em projetos mirabolantes que, na ótica moralmente torta introduzida pelo Lula, nunca aconteceram. Que o digam o Mensalão e Passadena.
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