Notícia boa, não tão boa
Uma pesquisa recentemente publicada dá conta que o Brasil está entre os países com maior taxa de empreendedorismo no mundo, deixando para trás até países como Estados Unidos.
A notícia tem um lado maravilhoso. Mostra que o brasileiro é capaz de tocar em frente, fazer acontecer, tão bem ou melhor do que qualquer outro.
Mas tem também um lado menos claro, menos bonito, menos moderno: o brasileiro está empreendendo porque perdeu o emprego.
De acordo com a pesquisa, quase 40% dos brasileiros têm algum tipo de atividade própria. Ou porque perderam o emprego, ou porque largaram o emprego, as pessoas decidiram abrir seus próprios negócios.
É interessante ver que a crise é a mola perfeita para lançar pessoas até agora habituadas à segurança relativa da carteira assinada na aventura de criar, correr riscos, fazer.
Da mesma forma, é interessante ver que 12 milhões de desempregados custa caro para o país e afeta diretamente a qualidade de vida de milhões de pessoas, que deram o troco, praticamente varrendo o PT para fora da cena nas eleições municipais.
A verdade é que o que aconteceu foi criminoso. A incompetência e a corrupção cobraram um preço acima de qualquer comparação em 500 anos de história.
O brasileiro sentiu isso na pele e não entrou na conversa mole da turma que perdeu a boquinha. A culpa é deles, sim. O povo sabe e por isso deu um recado claro no resultado das urnas.
Agora é hora de colocar ordem na casa. Recriar os empregos e deixar quem quiser ser empregado voltar a ter carteira assinada e quem tem vontade e talento, tocar em frente, de forma estruturada, apoiado pelas agências e órgãos de fomento.
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