Penteado Mendonça Advocacia

Herdeiro de uma tradição jurídica iniciada em 1860.

PT | EN

Insira abaixo seu e-mail caso deseje fazer parte do nosso mailing:

Estamos à disposição: contato@pmec.com.br 11 3879.9700

Crônicas & Artigos

em 31/10/16

Os radares apagaram?

Quem dirige por São Paulo, mesmo depois de uma garoa forte, sabe que a cidade fica com a maioria dos semáforos das regiões onde caiu água embandeirados, piscando ou simplesmente apagados.

Nada de novo debaixo do céu, a não ser a constatação fática de que sem os marronzinhos e sem os semáforos a cidade fica muito melhor.

Descobri isso no dia seguinte à primeira grande tempestade deste verão. Saí de casa impressionado com os estragos, com as árvores arrancadas ao longo do caminho, mas, acima de tudo, com a Praça do Pôr do Sol, que parecia terra de ninguém depois de um bombardeio da artilharia.

Toda moeda tem dois lados. Ao longo da Vila Beatriz, da Vila Madalena, do Jardim das Bandeiras, da Rua Lisboa e da Avenida Sumaré não vi nenhum marronzinho e os semáforos estavam quebrados.

Pois pasme! Com ruas sujas, semáforos apagados, sem marronzinhos, os paulistanos deram jeito no trânsito e os cruzamentos estavam fluindo melhor do que nos dias em que somos infernizados pelas pragas da CET, com forte apoio psicológico e político da administração que jamais deveria ter chegado, mas que já está indo, sem deixar nenhuma saudade.

Depois da tempestade, seria lógico imaginar os agentes de trânsito nas ruas, apoiados pela Guarda Municipal que desviou sua função, para ajudar a multar. Mas não era isso o que se via. As ruas fluíam.

A pergunta que não quer calar é se os radares também entraram em parafuso e pararam de multar. Se a força dos elementos tem neles o mesmo impacto que tem nos semáforos e nos marronzinhos.

Eu duvido. Afinal, se os semáforos são velhos e os marronzinhos não são à prova d’água, os radares paulistanos são de última geração e têm manutenção 24 horas por dia. Eles continuaram multando.

Voltar à listagem