É hora de ser a favor do Brasil
A passagem é conhecida. O editor do jornal chama o repórter e diz: “Escreva uma matéria sobre Jesus Cristo. Alguma dúvida?” E o repórter pergunta: “A favor ou contra?”.
Nada é mais verdadeiro do que isso. Um órgão de imprensa pode ser a favor ou contra qualquer assunto, tema, política, economia ou o mais que faz parte da vida que ele cobre.
Também pode abordar os assuntos de forma própria, que ele considera correta, da mais discreta à mais espalhafatosa. Com sangue ou sem sangue. Com destaque ou sem destaque. Independente ou na mais deslavada chapa branca.
Um dos pressupostos da democracia é a liberdade de imprensa. O respeito a todas as posições, até àquelas que pregam o fim da democracia, como é o caso do PT, que se diz democrático, mas tem a firme intenção de acabar com a democracia, como se vê nos documentos em que trata do controle da imprensa.
Não há democracia num país onde a imprensa é controlada pelo Governo. De outro lado, a imprensa tem o dever de respeitar a lei, que é, aliás, a única forma correta de limitar a sua atuação.
Dentro do vastíssimo leque das diversas imprensas possíveis, existe de tudo. Não se pode esquecer que o que mais vende no mundo são as notícias que jorram sangue, os escândalos, de preferência envolvendo famosos, as tragédias, privadas ou públicas, as entrevistas com quem viu o que aconteceu e dá sua opinião, até quando não viu muita coisa.
O que a imprensa não pode é deixar de informar. Mas há momentos na vida de uma nação em que a ameaça é tão séria que não há espaço para concessões. O Brasil está num destes momentos. Cabe à imprensa ser responsável e fazer sua parte para sairmos do buraco.
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