Mais de 30 horas sem energia
No dia 27 de janeiro, por volta das três e meia da tarde, quando chovia forte na região, um raio atingiu um transformador instalado no poste bem diante da janela da minha sala, no nosso escritório no Pacaembu.
Estouro dos bons, com clarão e fogo no poste. A energia elétrica acabou, os apitos das máquinas e dos protetores das máquinas começaram a tocar, o escritório ficou no escuro, as luzes de emergência acenderam e minha gerente telefonou para a Eletropaulo, contando a história inteira, com detalhes inclusive sobre a explosão do transformador.
É aí que começa o drama. Mesmo sabendo a história, a Eletropaulo não se convenceu. O resultado é que a rua ficou sem energia elétrica por mais de 30 horas, mas, como aqui é Brasil, eu quero agradecer.
Quero agradecer a incompetência, descaso e falta de profissionalismo da Eletropaulo. Trabalhando na toada dos reparos, em função da explosão do transformador no dia 27, a distribuidora de energia elétrica meteu pressão na CET.
Isso mesmo, meteu pressão na CET. A qualidade dos serviços foi tão ruim e a demora tão longa que me permite até imaginar que a Eletropaulo decidiu entrar de sola na disputa pelo título de a pior prestadora de serviços da cidade.
Entre exigir que um caminhão da Eletropaulo fosse até o local da explosão do transformador; depois aguardar dois motoqueiros que constataram a explosão, mas não puderam notificá-la porque só os caminhões podem fazer isso; depois assistir ao transformador explodir de novo, quando religado; e ficar esperando que finalmente o transformador fosse trocado, levou mais de 30 horas. É que, na visão da Eletropaulo, escritórios de advocacia, consultórios médicos, imobiliárias e clínicas de vacinação não têm compromissos, nem sofrem prejuízos sérios.
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