É triste ver fechar as portas
O que fizeram com o Brasil é criminoso. Ver empresas com 30, 40 ou 50 anos, líderes em suas áreas de atuação, fecharem as portas é triste, é muito triste. E, no entanto, é o que vamos vendo diariamente, em todos os campos econômicos, no comércio, na indústria, nos serviços.
E a tristeza sobe um degrau quando pensamos que as portas fechadas significam mais desemprego, mais gente sem dinheiro para fechar o mês, mais brasileiros condenados ao aperto do cinto, enquanto os nababos da política se fartam com os milhões – que milhões! – com os bilhões que roubaram e outros tantos que deram de prejuízo em nome de uma estupidez sem tamanho.
Diz um grande amigo que o Brasil foi pensado para não dar certo, por isso não dá. É verdade. O país foi cientificamente pensado para dar errado, para ser uma caricatura do que poderia ser, se tivesse gente medianamente competente e honesta à frente de nosso destino.
Não tem, então, o jeito é ver as lojas fecharem as portas, as indústrias desligarem as máquinas, os serviços encolherem e a miséria tomar conta das ruas mal cuidadas por quem deveria se preocupar com elas, mas não faz nada, exceto querer aumentar a taxa de iluminação pública em mais de 75%.
É absolutamente patético. Num momento em que o povo sofre com o desemprego causado pelos desmandos e tolices levadas a efeito pelo PT a nível federal, no nível municipal, a administração da cidade, nas mãos do PT, decide que vai aumentar a taxa de iluminação pública em 76%.
Sensibilidade política é isso. Isso e os bueiros entupidos, que fazem as águas das chuvas empoçarem até nas ladeiras, como a 9 de Julho na altura da Alameda Lorena.
Pode mais quem chora menos. Já falta lenço na cidade.
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