Os quatro cavaleiros do apocalipse
Ano novo, vida nova, esperanças redescobertas, sonhos reencontrados, ilusões servindo de norte.
Alguém já escreveu que é preciso matar as ilusões para preservar a esperança. É verdade, mas estão fazendo o contrário. Estão incentivando as ilusões e matando a esperança.
Não adianta nada muita boa vontade e pouca ação. O inferno está cheio de gente com boa vontade e mais cheio ainda de pessoas com boas intenções.
Nem um, nem outro enche barriga e o que vem pela frente passa pela fome de milhares de pessoas em todas as partes do mundo.
Não, não é um fenômeno brasileiro. Não é a jabuticaba, nem o Lula. A fome está batendo na porta de metade do planeta, justamente quando a capacidade de produzir alimentos garante ao ser humano o fim da carestia.
Fome que come solta na África, nas Américas, na Ásia, no inverno da Europa. Ou será que alguém acredita que os refugiados estão sendo bem alimentados e viajam de Mercedes e BMW da costa da Grécia até o coração da Alemanha?
Mas, além da fome, tem a praga. As doenças novas, a dengue, que não é tão nova, e o zika vírus, pra não falar nas alternativas que surgem em toda parte, do dia para a noite ou, como diria a presidenta que foi estudanta, mas não aprendeu português, diuturnamente.
Tem a guerra, comendo solta, declarada e não declarada, com campos de batalha clássicos e outros não tão clássicos, espalhando mais miséria, mais fome e mais pragas, num hino coletivo invocando a morte, que pode ser violenta ou por doença. Será que já perceberam que os quatro cavaleiros do apocalipse estão passeando no planeta?
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