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Crônicas & Artigos

em 08/12/15

Qual a origem da boçalidade?

Mesmo já tendo passado um certo tempo, continuo impressionado com a frieza e a boçalidade do que aconteceu em Paris. Tem quem diga que o ser humano é bom. Eu duvido. Bom é Deus, que é tudo e por isso dá ao mundo o bem e o mal e ao ser humano o livre arbítrio para escolher o que quer fazer e o que deseja ser.

Se o ser humano fosse bom, não haveria o Holocausto judeu, nem a morte de mais de 20 milhões de camponeses russos, condenados a morrer de fome para que as cidades pudessem ser alimentadas.

Nem haveria, ainda no século 20, as barbaridades do Khmer Rouge, ou dos comunistas chineses na Revolução Cultural, ou a guerra suja que enlutou a América Latina.

Não haveria as barbaridades de todos os tipos, que fazem a escravidão dos séculos passados parecer brinquedo de criança, comprada com o que acontece até hoje nas mais diversas partes da África.

O ser humano não é bom, o ser humano é uma fera de presas, tão resistente quanto as baratas, que se desenvolveu e se impôs como o mais letal dos animais e por isso domina e contamina o planeta.

Mesmo assim, o que aconteceu em Paris é chocante e está além das palavras. Horror, carnificina, sadismo são palavras fracas e incompletas diante do que aconteceu na capital francesa.

Dizem os entendidos que esta é a guerra moderna. Que o mundo está em guerra e ninguém sabe como vai acabar.

O que não tem sentido é dizer que isso é coisa dos muçulmanos. A ideia é tão estúpida como justificar a violência brasileira usando a pobreza como desculpa. Os pobres não são bandidos e os muçulmanos não são terroristas. Tem rico bandido e cristão terrorista. Que o digam o Mensalão, a Operação Lava-jato, as FARC’s e o IRA. Eta mundo besta, meu Deus!

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