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Crônicas & Artigos

em 24/07/15

A prefeitura ama o seu bolso

A administração municipal não gosta da cidade, mas ama o seu bolso. Isso mesmo, ama o seu bolso. É tanto amor que, se pudesse, colocaria a mão no fundo dele para, em nome da socialização do espaço público, tungar o último centavo separado para o leite das crianças.

É um amor profundo, nascido da revolta e da frustração com quem eles chamam de “coxinhas”, como que querendo ofender a parte da população que, curiosamente, é quem paga os impostos que permitem a importação do urucum boliviano utilizado para pintar as faixas de bicicleta.

Não é por outra razão que a CET, obedecendo ordem da administração que não gosta da cidade, reduziu a velocidade dos veículos, nas poucas ruas onde eles não ficam parados, para heróicos 40 quilômetros por hora.

Não fosse a CET imbatível na sua incompetência e eu diria que ela recebeu consultoria técnica da concessionária do Sistema Anchieta/Imigrantes, as únicas rodovias em que, contrariando a sabedoria popular, a velocidade para descer é menor do que a velocidade para subir.

Segundo especialistas ligados ao comércio internacional, a necessidade do aumento da arrecadação, que virá das multas aplicadas em quem trafegar a 41 quilômetros por hora, é decorrência da supervalorização da moeda boliviana e relação ao Real.

Eu tenho certas dúvidas, ainda mais ouvindo um grupo de escolares ligado à Universidade Estadual das Terras Baixas, que garante que a razão do aumento é a elevação dos custos de produção da tinta de urucum, fortemente pressionados pelo aumento da área plantada de outro produto com melhor aceitação internacional.

Seja como for, tanto faz, você será tungado em mais uma prova do profundo amor da administração pelos pobres e desvalidos.

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