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Crônicas & Artigos

em 07/04/14

Qual será a verdadeira razão?

por Antonio Penteado Mendonça

Quem passa pela Avenida Valentim Gentil fica impressionado com o capinzal que tomou conta do canteiro. Mas se ele impressiona quem passa, quem quer entrar nela corre sério risco de causar um acidente porque o capinzal impede a visibilidade e o motorista fica sem noção de profundidade e distância para saber se dá ou não.

Existem várias versões para o capim do canteiro da avenida haver se transformado num matagal sujo.

A primeira é que a Subprefeitura do Butantã não cuida do pedaço que lhe cumpre cuidar. A segunda é que há um surto de incompetência dentro da Prefeitura. A terceira fala em preguiça. E a quarta aponta um projeto histórico-retrô-existencialista (seja lá o que isso quer dizer), no qual o crescimento dos capinzais das praças e canteiros da cidade tem conexão direta com a recomposição do solo urbano como ele era antes de ser urbano.

Há uma contradição importante, mas fazer o quê? É assim que a máquina pública gira. De contradição em contradição o serviço público piora.

Eu não sei qual das versões acima é a verdadeira ou se há outra mais verdadeira ainda.

O fato incontestável é a grama crescida e o risco que ela representa para quem trafega pelo pedaço, tanto faz se diretamente ou querendo acessar a Avenida Valentim Gentil.

A versão da tentativa de reconstruir o meio ambiente do século 18 é interessante, mas seria importante lembrar que naquela época a região era de várzea e fora da cidade.

Assim, mais prático, mais barato e mais inteligente é uma equipe da Prefeitura ir até lá carpir o capinzal.

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