Eles fazem, nós prometemos

Faz tempo que o Brasil diz que vai fazer e acontecer, se transformar num dos principais produtores de petróleo, usar o lucro para desenvolver o país, investir em educação e saúde, e por aí vamos.

Quem não se lembra do estardalhaço do grande eleitor de postes contando para o país o que vinha pela frente e que antes dele ninguém nunca tinha feito nada, como se a Petrobrás tivesse milagrosamente ficado competente no seu governo.

Do outro lado da moeda, os norte-americanos sem dizer nada, sem estardalhaço, sem pompa ou circunstância, com o Presidente Obama chamando Lula de “o cara”, em poucos anos – muito menos do que o Brasil precisou para descobrir os escândalos que destruíram a imagem da Petrobrás e transformaram uma das maiores petroleiras do mundo num vago fantasma do que foi comeram os russos pela perna e se converteram nos maiores produtores de petróleo gás do mundo.

E o que é pior – pelo menos para nós – estão produzindo por um preço que inviabiliza o petróleo do pré-sal brasileiro, hoje um dos mais caros do mundo.

Diz o ditado que, em água que tem tubarão, lambari fica na toca. Nós imaginamos que podíamos cantar de galo. Mal e mal somos pintinho.

Enquanto os norte-americanos, que em 2008 estavam literalmente metidos numa das maiores crises de sua história, em pouco tempo deram a volta por cima, nós continuamos afundando, metidos numa crise seríssima, puxados para baixo pela incompetência da presidenta que foi estudanta, mas não aprendeu economia.

Aqui nós protegemos mico leão dourado, menor infrator, traficante de droga condenado no exterior. Lá eles não protegem ninguém, só aplicam a lei. É aí que mora a diferença. Enquanto eles fazem, nós prometemos.