Comemorar é preciso
Originalmente publicado no jornal SindSeg SP.
por Antonio Penteado Mendonça
Aconteceu na quinta feira, 15 de dezembro, o almoço de confraternização de fim de ano do SindsegSP (Sindicato das Seguradoras do Estado de São Paulo). Almoço alegre, reuniu parte significativa das lideranças do setor para um último encontro em 2022 e para esquentar as turbinas para 2023.
É tradição nos finais de ano o SindsegSP realizar um almoço de congraçamento e este ano não foi diferente. O que foi diferente – ou melhor, segue sendo diferente – é o ritmo de 2022. Nunca na história nacional tivemos uma radicalização de posições políticas parecida com o que está acontecendo.
Independentemente do lado, boa parte das pessoas fanatizou suas posições e a radicalização, negando a verdade de Tancredo Neves de que “em política só bobo briga”, foi além das eleições, atingindo vínculos de família e antigas e sólidas amizades. Não tem o menor sentido, mas aconteceu. E o quadro, desconsiderando os extremistas acampados em frente dos quartéis e outras ações sem sentido, segue tenso. Não há ameaça à ordem democrática, mas esta tensão pode levar ao açodamento das relações políticas, neste momento, importantíssimas para a nação entrar nos eixos e seguir em frente, num ano que internacionalmente será complicado.
2022 está longe de ter sido um ano bom, mas, entre os primeiros prognósticos e o que aconteceu, até que o Brasil se saiu bem, inclusive se comparado com os países desenvolvidos. Não estamos em recessão e isso faz a diferença, permitindo que o novo governo entre em cena com o quadro fiscal deteriorado e com ameaças concretas à frente, mas com perspectivas menos ruins do que as que poderiam estar no horizonte.
Há quem diga que o ano que vem será mais difícil do que 2022. E há base concreta para o prognóstico. A situação internacional está longe de ser confortável, a guerra da Ucrânia não dá sinais de estar perto do fim, a recessão ou a estagnação econômica estão nas portas de vários países ricos, o preço do petróleo segue instável e por aí vamos.
É verdade, em certo sentido, a situação internacional favorece o Brasil porque alavanca comodities exportadas por nós e isto tem impacto favorável nas nossas contas. De outro lado, os juros altos nos Estados Unidos podem inibir investimentos no país.
Mas isto é futurologia e o que vale aqui e agora é salientar que, entre mortos e feridos, o setor de seguros teve um ano positivo, política e operacionalmente. A SUSEP se mostrou muito mais razoável e profissional, foi criada uma comissão para discutir um novo seguro obrigatório de veículos, os resultados das seguradoras, na média, melhoraram, os corretores de seguros não estão mais ameaçados como categoria profissional e seguem sendo o principal canal de distribuição de seguros no país.
Por estas e por outras, mas principalmente pelo prazer de encontrar amigos, companheiros e colegas de profissão e de atividade econômica com o astral alto, o almoço do Sindseg-SP mais uma vez foi uma festa gostosa, animada e capaz de turbinar a moral do povo no início de 2023.
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