A caminhonete na faixa zebrada
Dia 3 de julho passado, oito e vinte da manhã, eu saio da Avenida Sumaré para ir para o Pacaembu e quem eu vejo paradinha em cima da faixa zebrada do outro lado da pracinha? Pois é, a caminhonete da CET.
A caminhonete da CET estava parada em cima da faixa zebrada com a altivez e a empáfia dos cavalos andaluzes aguardando os reis ibéricos montarem para a grande parada pela Gran Via de Madri.
Só que, em vez de reis em trajes de gala, o que tinha na Praça Márcia Mamanna eram marronzinhos e cones. Os grandes cones listrados que são usados para minimizar os estragos que a incompetência da CET e de seus agentes não conseguem consertar.
Pensei em tirar uma foto e colocar na internet para mostrar que a CET adora o “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”. Se você parar numa faixa zebrada será inapelavelmente multado, ainda que seja por motivo de força maior, como seu carro ter quebrado.
E como não adianta recorrer da multa e pelo valor não vale a pena entrar na Justiça, a CET engorda o caixa às suas custas, rindo da sua cara.
Por que eu não fotografei? Porque, ao contrário dos motoristas de outras caminhonetes iguais à que estava parada na faixa zebrada, eu penso nos riscos e não solto as mãos do volante para fotografar nem mesmo a autoridade dando o mau exemplo, como eles fazem regularmente, para anotar a chapa de veículos que eles acham que cometeram infrações.
Eu tenho proposto o fim da CET regularmente. Agora me ocorre uma nova ideia. A criação de uma CPI para investigar a CET. Com certeza, quem propuser essa CPI vai ganhar milhares de votos de eleitores insatisfeitos com a CET e vai ficar bonito na foto, porque até o final da CPI terá lugar de destaque na imprensa como o paladino que luta pelo povo oprimido contra o poder que abusa, gasta e escarnece de quem paga seus salários.
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