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Crônicas & Artigos

em 02/07/18

Calçadas

As calçadas das cidades brasileiras não primam pela qualidade, nem pela conservação. Ao contrário, são um desastre para os pedestres em geral e para os portadores de necessidades especiais em particular.

Algumas calçadas são tão apertadas que um cadeirante não consegue passar entre o muro e o poste. Outras são tão íngremes que não há força humana que empurre uma cadeira de rodas morro acima. Outras são tão esburacadas que um veículo fora de estrada teria dificuldade de passar por elas.

Nada de novo debaixo do sol. Este quadro é velho feito as cidades brasileiras. Desde sempre o descaso com as calçadas foi marca registrada de nosso urbanismo.

Algumas ruas chegam ao ponto de não terem calçadas, obrigando os pedestres a se aventurarem encostados no muro, espremidos pelo trânsito que se arrasta em volta.

Diz a lenda que as calçadas devem ser construídas e mantidas pelos proprietários dos imóveis atrás delas. O problema é que pouca gente se dá conta de que a lenda é verdade e que cabe a cada proprietário de imóvel cuidar da calçada no trecho em frente dele.

A Prefeitura de São Paulo pretende mudar o quadro. Se terá sucesso ou se será apenas mais um projeto bem-intencionado depende das medidas que forem implantadas para dar suporte aos fiscais e à força legal para agirem.

Neste mundão de Deus, chora menos quem pode mais. Até hoje, portadores de necessidades especiais, idosos e pais empurrando carrinhos de bebê sempre perderam, inclusive dentro de áreas de responsabilidade integral do serviço público, que deveria dar o exemplo, mas invariavelmente é o mais perverso. Tomara que agora seja para valer e as coisas mudem.

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